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quinta-feira, 23 de maio de 2013

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Professores municipais mantêm greve


Os professores da rede municipal de São Paulo rejeitaram o aumento de 10,19% aprovado pela Câmara Municipal nessa terça-feira, 21, e decidiram manter a greve. A categoria informou que o reajuste já estava previsto em lei desde 2010 e é resultado de uma negociação com o governo do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). De acordo com a Polícia Militar, cerca de 2 mil pessoas participaram da manifestação que ocupou o Viaduto do Chá, em frente à sede da Prefeitura, e seguiu em direção à Câmara dos Vereadores.
O Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem) e o Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem) decidiram pela manutenção da greve, que já dura 20 dias. Segundo o Sinpeem, 50% das escolas municipais da capital estão total ou parcialmente paralisadas. A categoria reivindica aumento de 6,5% retroativo a 2011, 4,65% retroativo a 2012 e de 5,37% imediatos para a data-base de 2013. Eles argumentam que a proposta do governo não repõe as perdas salariais causadas pela inflação.
A Prefeitura confirmou o pagamento ainda neste mês do aumento de 10,19% e de 13,43% para maio de 2014 (também resultado de negociações com o último governo). Para os professores, a única proposta do atual prefeito Fernando Haddad (PT) é a de um reajuste de 0,18% para todo o funcionalismo da cidade neste ano.
Ainda segundo a categoria, Haddad teria afirmado que vai descontar os dias de greve dos salários dos servidores. "O Governo Haddad não está reconhecendo o direito à greve dos professores. Eles disseram que vão descontar os cerca de 20 dias de paralisação", disse Cláudio Fonseca, presidente do Sinpeem. Para Fonseca, além de inconstitucional, o desconto mostra contrariedade entre os princípios do partido e a sua atuação no governo.
Em carta destinada aos professores e entidades sindicais, a Secretaria Municipal de Educação apresentou, também nesta terça-feira, um conjunto de dez propostas para a melhoria da qualidade de educação na cidade. Entre as medidas, estão questões sobre segurança nas escolas, formação profissional e a promessa de rever o agrupamento de séries diferentes em salas da educação infantil. Com isso, a pasta disse esperar que "as escolas que não estejam em pleno funcionamento retornem ao regular atendimento de todas as crianças".
A greve deve continuar, pelo menos, até a próxima sexta-feira, dia 24, quando a categoria se reúne em nova assembleia. No sábado, 25, as entidades pretendem realizar uma caminhada cívica, com a participação da população, em defesa da educação pública, contra a violência nas escolas e por melhores condições de trabalho.


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